Redes sociais nas escolas: proibir ou liberar?
Vale à pena liberar o acesso a sites como Twitter e Facebook dentro da sala de aula? Como professores e estudantes podem lidar com isso?
Nas escolas públicas de São Paulo é lei: o uso de telefones celulares nas salas de aula está terminantemente proibido. Mas do outro lado dessa história, alguns professores do ensino privado inovam e até incentivam o uso desses aparelhos e até das redes sociais em suas aulas. "O aluno pode usar o celular, desde que seja para aprender", diz o professor Mario Galvão. "A escola também precisa saber que, hoje, o uso desses aparelhos é importante". Especialistas dizem que o uso da internet em sala de aula aumenta a motivação dos alunos; tanto pela novidade, quanto pelas possibilidades de pesquisa que oferece. Essa motivação fica ainda maior quando o professor “entra na dança” e sugere o uso da tecnologia em um clima amigável; de confiança e abertura com os alunos. Há pouco mais de dois anos, o professor Mario Galvão começou a fazer experimentos com o uso das redes sociais em suas aulas para o ensino médio e em faculdades. Através do Twitter, Facebook e Linkedin, ele criou novos canais de comunicação com os estudantes. A ideia, segundo ele, era ir além da aula tradicional para deixar o ensino – além da mais divertido – mais próximo do cotidiano dos alunos. "Nós temos um contato direto com a rede social, e não há como banir o uso desses sites durante as aulas. Então, já que estamos no Facebook e no Twitter, podemos utilizar essas redes para nos ajudar a crescer no entendimento da matéria", afirma o estudante Matheus Finardi. Já Áurea Camargo, também estudante, disse que é viciada em redes sociais, e que não esperava o uso dessas páginas durante as aulas. "Quando tive minhas primeiras aulas com o professor, achei que seria algo muito normal, com uso apenas da louza. Mas foi bem diferente: nosso mestre começou a escrever algumas dicas de ensino no Twitter e no Facebook, e achei isso um máximo". Hoje, quando pede um trabalho que possa ser apresentado em vídeo, foto ou qualquer outra forma de expressão artística, o professor usa uma página no Facebook para que os alunos possam compartilhar suas criações e também ver os trabalhos dos colegas. O que Você a "Os estudantes acabam curtindo os status e, a partir dali, já até posso ter uma base de nota para qualificar os trabalhos. Isso ajuda bastante porque os alunos recebem os resultados bem antes do esperado", declarou o professor Galvão. |
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